Este conto, curto conto é, talvez, o mais horripilante conto até aqui. Acho que pelo fato de se tratar de uma história real. Eu tive que expor ao papel, ou enlouqueceria. Tudo começou há cinco noites, quando o meu telefone móvel tocou. Já passavam das três horas da manhã em uma segunda feira. O número registrado pelo meu identificador de chamadas era desconhecido pela memória. Ao atender ao telefone, um som estranho, não consegui distinguir o que era. Poucos segundos depois, o telefone desliga. Deito-me novamente, preocupado, pois não era uma hora normal para alguém me ligar.
Pouquíssimo tempo depois, o telefone, agora o fixo residencial, toca. Levanto-me sonolento, atendo e o mesmo barulho de antes, agora por outro lugar. Soa pelo telefone e me arrepia a nuca. Novamente o telefone fica mudo e desliga.
Às cinco horas da manhã tudo se repete. Primeiro o celular, depois o residencial. O mesmo som. Isso acabou com a minha noite. Permaneci acordado até a hora do trabalho, às sete.
Ao sair do trabalho (que passei todo o tempo pensando sobre minha madrugada infernalmente conturbada), entrei em contato com uma amiga que trabalha em uma companhia telefônica. Anotei o número registrado em meu telefone de chamadas recebidas e repassei a ela. Incrivelmente, ela me disse logo após a sua pesquisa: “Esse número não existe”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário